Basicamente, chargeback é o estorno solicitado pelo cliente diretamente com a administradora de cartão de crédito. Refere-se ao ato de contestação de uma compra online, seguida do reembolso do valor ao consumidor.
Essa contestação é feita por algumas razões, como o não reconhecimento da compra pelo titular do cartão ou por desconformidade na transação – compras não autorizadas, duplicidade, erro de processamento. Na primeira situação, a principal causa é a ocorrência de fraude.
Essas fraudes acontecem por diversos motivos, mas, o basilar deles é pela clonagem do cartão de crédito. Contudo, infelizmente, há também muitas pessoas mal intencionadas que se aproveitam dessa facilidade e solicitamo estorno de valores em compras que, na verdade, foram legitimamente realizadas e tiveram, inclusive, o produto entregue.
O chargeback é o pesadelo de qualquer loja que vende online. Isso acontece porque o risco e a responsabilidade da transação recaem sobre o e-commerce, o que gera prejuízos e acaba influenciando no valor final do produto.
De acordo com uma pesquisa da GMattos Gestão Empresarial, o gasto médio das lojas online com a prevenção a fraudes, somado às perdas geradas por chargebacks chega a 1,9% das vendas.
Então, como evitar o chargeback no meu e-commerce?
Há várias formas de reduzir e, muitas vezes, até evitar o chargeback na sua loja online.
Listei os principais mecanismos utilizados para tais fins:
1. Política própria do E-commerce:
· Conferência e segurança de dados pessoais;
· Soft Descriptor de fácil identificação – descrição que aparece no extrato do cartão do comprador;
· Disponibilizar pagamento via boleto bancário – nessa modalidade não existe chargeback;
· Política de reembolso clara - Deixe claras as opções de reembolso para seu cliente
· Utilizar Softwares de análise de crédito – cruzamento de dados;
· Solicitação do número do CVV do cartão;
· Autenticação 3D Secure - é uma nova etapa do fluxo de pagamento, que permite aos bancos verificar se uma compra online é fraudulenta ou não. Nesse caso, a responsabilidade de um chargeback qualificado é transferida para o banco emissor do cartão.
· Verificação AVS (Auto de Verificação de Segurança) – é uma ferramenta de verificação que combina o endereço fornecido pelo cliente no checkout, com o endereço do banco emissor do titular do cartão.
2. Contrate uma empresa especializada em análise de riscos:
Terceirizar essa atividade pode sair mais barato. Há empresas no mercado que fornecem software de inteligência em segurança de e-commerces.
3. Utilize um intermediador de pagamento:
Esses intermediadores assumem o risco do chargeback. Exemplo: Pagseguro, Paypal, Yapay, etc.